Claro..familia, Meu Amor..e amigas ficam.....nas lembranças e sempre rolam visitas...mas chega uma hora que é importante seguir o instinto....
Quando desisti da engenharia para fazer moda....todos pensaram o que se passa na cabeça dela.....e agora rejeitar grandes propostas foi só a confirmação de que sou um pouco impulsiva...mas o mais importante é que eu acredito nas minhas escolhas...
Hoje sou estilista e feliz...mas será que eu seria um engenheira feliz???
hummm acho que não....
Aqui na pequena cidade atravesso uma rua para chegar na fabrica...enquanto meu namorado em São Paulo pega uma circular de 2 horas para ir...mais duas horas para voltar...bom essa minha paz não tem preço...
Dormir coma porta aberta.....sentir cheiro de terra quando chove...são algumas coisas que fazem diferença na minha vida...e fazem uma boa diferença....
afinal o que no faz feliz.... o dinheiro ou o viver??
Dinheiro é fundamental...mas do que adianta ter tanto dinheiro se ficamos escravizados em congestionamentos sem tempo para gastá-lo..... aqui posso gastar com o que quiser..até mesmo em um passeio de charrete......ou com a alface tirada da terra na hora...ali mesmo na horta do quarteirão debaixo....
Sinto falta das badalações com as amigas..do cinema.. porem sei que quando eu tinha tudo isso eu aproveitei ao máximo...e que bom que eu fiz isso, pois hoje posso aproveitar outras coisas...e isso é que vale a pena aproveitar.....e fica dica aproveite o momento em que você vive..seja em grandes capitais ou não..tudo tem algo bom...não há nada tão ruim que não possa ser mudado..!!
"De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente."
Vinicius de Moraes
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